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Do Tijolaço
Os tais e-mails a que se refere o Estadão, tema do post abaixo, são objeto de matéria também na Folha. Lá, como no Estadão, a matéria não fala quem fala o que contém os tais “papers” distribuídos pelo líder do DEM , Paulo Bornhausen, mas ele próprio escreve – e assina – que os textos são produzidos pela “coordenação de campanha de José Serra”. Logo, pode-se dizer que é uma estrutura essencialmente tucana a responsável pela produção do material, mas a tarefa de distribuir imundícies apócrifas fica por conta do DEM.
A atitude do líder demo, de depositar R$ 237,33 pelo uso indevido de material da Câmara é risível. O problema não é essencialmente esse, é óbvio. São outros dois, muito mais sérios.
O primeiro é que ele, ao lado do PSDB, quem entra com dúzias de ações judiciais contra qualquer coisa que fale o presidente da República. O seu senso de uso da máquina pública é deformado de acordo com seus interesses. A manifestação de preferência por tal ou qual candidato é inerente ao exercício da política e é por meio da política que se chega aos cargos públicos eletivos, seja um simples vereador, seja a presidência.
Sinto-me livre para falar porque não uso e nunca usei, neste Tijolaco.com, nenhum e-mail, computador ou material da Câmara dos Deputados. Mas acho que, num país onde tantos políticos se aproveitam do patrimônio público, isso de mandar e-mail com o endereço da Câmara é um falso moralismo. Afinal, se o deputado, no computador do gabinete, usar um endereço do hotmail ou do gmail não dá no mesmo?
Outra coisa diferente é fazer campanha suja, apócrifa, onde não se assume a autoria dos textos. Democracia não é a liberdade de dizer o que se quiser, desde que se assuma a responsabilidade por isso?
E aí entra a segunda questão: quem está espalhando sistematicamente esta sordidez de apontar Dilma como assassina e assaltante? Posso dar uma dica: quem começou foi a própria Folha, ao abrir suas páginas para reproduzir uma montagem apócrifa tirada da internet, com uma ficha falsa do Dops, ilustrando uma entrevista com uma pessoa que nega ter dito o que o jornal coloca em sua boca.
Achei fraca, embora bem intencionada, a reação do líder do PT, Cândido Vacarezza, de pedir uma sindicância à Mesa da Câmara para apurar o episódio. O comando do PT não pode ficar indo, como dizia Machado de Assis, “de borzeguins ao leito”.
É direto no TSE.
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