Duas semanas depois de o Ibope ter mostrado Tarso Genro em primeiro lugar na disputa pelo Palácio Piratini, a pesquisa do Datafolha confirma a liderança do candidato do PT, com sete pontos de vantagem sobre José Fogaça (PMDB). No Ibope, a diferença pró-Tarso era de 10 pontos percentuais, mas, se forem consideradas as margens de erro das duas pesquisas, os resultados são absolutamente compatíveis (veja íntegra na página 8).
No Ibope, Tarso tinha 39% e, Fogaça, 29%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o índice do candidato petista ficaria entre 36% e 42%. O de Fogaça poderia variar de 26% a 32%. É exatamente o que mostrou o Datafolha: 35% para Tarso e 27% para Fogaça.
O dado curioso é que, mesmo os índices de Tarso e Fogaça no Datafolha sendo inferiores aos obtidos no Ibope, nenhum dos candidatos de pequenos partidos cresceu.
O que aumentou foram os índices de indecisos e de eleitores dispostos a votar em branco. Yeda Crusius obteve os mesmos 15% da pesquisa do instituto concorrente do Datafolha, mas a rejeição caiu de 45% para 42%, dentro da margem de erro.
Um dado do Datafolha deve preocupar o candidato José Fogaça e os coordenadores de campanha: embora na pesquisa estimulada ele tenha 12 pontos de vantagem sobre Yeda Crusius, na espontânea a governadora está um ponto à frente (7% a 6%), o que se configura como empate técnico. Sem a apresentação de um cartão com o nome dos candidatos, Tarso tem 12%. O alto índice de indefinidos nessa simulação sugere que a eleição ainda não entrou no dia a dia dos eleitores.
Outro dado preocupante para Fogaça é o desempenho de Tarso em Porto Alegre, cidade que os dois governaram pelo mesmo tempo: cinco anos e três meses. Na Capital, Tarso tem 43%, e Fogaça, 30%. Yeda, que na Capital só faz 9%, chega a 17% no Interior, confirmando a expectativa de crescimento nas cidades mais beneficiadas por obras do governo.
Roseane de Oliveira
Zero Hora
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