Matéria no IG, de hoje, lista algumas diferenças de método que ajudam a entender a 'singularidade' dos resultados do Datafolha frente aos números dos demais institutos de pesquisa.
Uma das principais está na seleção dos entrevistados. O Datafolha faz a abordagem nas ruas por entender que não há como ter acesso completo a residências em determinados locais, como edifícios de luxo, por exemplo, ou favelas. Também não incorpora a população rural. Ou seja, sua amostra rebaixa um recorte decisivo de representatividade que é o local de moradia.
Outro viés rebaixador está em não considerar o perfil escolar e a renda familiar dos entrevistados. Grosso modo, é como se no Brasil do Datafolha moradores ricos do bairro de Higienópolis, em SP, ouvidos na rua, tivessem o mesmo peso censitário que moradores da favela de Heliópolis, em trânsito coincidente naquele momento.
É desse manejo estatístico que nasce um país onde o projeto belicoso-udenista de Serra & Indio da Costa tem aceitação equivalente ao da candidatura Dilma Rousseff, apoiada por um Presidente da República cuja política social de desenvolvimento resulta na maior taxa de aprovação da história brasileira. Ressalve-se, de qualquer forma, que 24% dos eleitores, segundo o próprio Datafolha, ainda não sabem que Dilma é a candidata do Presidente Lula --vínculo que o horário eleitoral cuidará de esclarecer definitivamente.
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