sábado, 30 de outubro de 2010

Pesquisa Vox/IG/Band em 30/10 Dilma(PT) 57% e Serra(PSDB) 43%


Na última pesquisa Vox Populi/iG antes do segundo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirma a dianteira de 12 pontos sobre o adversário tucano José Serra evidenciada nos demais levantamentos de intenção de voto. De acordo com os números coletados neste sábado pelo instituto, Dilma tem 51% das intenções de voto, enquanto Serra contabiliza 39%. A um dia da ida às urnas, o número de indecisos totaliza 5%, enquanto brancos e nulos chegam em 5%.

Quando o instituto considera apenas os votos válidos - ou seja, não inclui indecisos, brancos e nulos - Dilma apaece com 57%, enquanto o tucano fica com 43%.

Os números divulgados hoje apontam uma ampliação da vantagem de Dilma sobre Serra. Na última pesquisa Vox Populi/iG, divulgada em 25 de outubro, a petista tinha 49% considerado o total das intenções de votos contabilizadas, dois pontos a menos do que no novo levantamento. Serra, por sua vez, manteve-se estável, já que tinha 38% na pesquisa anterior.

A pesquisa ouviu 3.000 mil eleitores neste sábado e possui margem de erro de 1,8 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Os dados do levantamento foram registrados na Justiça Eleitoral sob número 37.844/10.

Pesquisa Datafolha em 30/10 Dilma(PT) 55% e Serra(PSDB) 45%



Pesquisa Datafolha, realizada nos dias 29 e 30 de outubro, com 6.554 mil entrevistados em todo País:

Nos votos totais (quando são contados os eleitores indecisos e os votos brancos e nulos):

Dilma: 51% (subiu 1 ponto em relação à pesquisa de sexta-feira)
Serra: 41% (subiu 1)
Votos brancos e nulos: 4% (caiu 1)
Não souberam ou não opinaram: 4%

Nos votos válidos (descartando os eleitores indecisos e os votos brancos e nulos):

Dilma: 55%
Serra: 45%

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Grande companheiro


“Zé, nós subimos a rampa (do Palácio do Planalto) juntos, nós vamos descer juntos”. Alencar se emocionou, levando o presidente a fazer o gesto captado pela lente do fotógrafo.

TIETAGEM APÓS O DEBATE NA TV GLOBO


Ao final do último debate na TV Globo, os 80 indecisos convocados pela emissora para fazer perguntas aos cadidatos à presidência da República avançaram em direção a Dilma, pedindo autógrafos e fotos ao seu lado. Ela foi mais assediada até que o galã e dublê de apresentador William Bonner. Serra foi literalmente deixado de lado pelos presentes no auditório.

Diante de tamanha tietagem, Ali Kamel, o todo-poderoso global, ficou desesperado, chamando até o marqueteiro João Santana para “apartar” Dilma do bolo de indecisos. Aí alguém comentou: “O melhor do debate foi o Ali Kamel pedindo para a Dilma sair”. E outro respondeu: “Não, o melhor foi ele levar mulher e filha, linda, para tirar fotos com Dilma!”

Do Cachaça Araci

Pesquisa CNT/Sensus de 30/10 Dilma/Lula(PT) 57,2% e Serra/FHC(PSDB) 42,8%


Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada neste sábado (30) mostra a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, com 57,2% dos votos válidos contra 42,8% de seu adversário, José Serra (PSDB). No levantamento anterior, divulgado no último dia 27, a candidata petista tinha 58,6% dos votos válidos contra 41,4% de Serra.

Considerando os votos totais, quando são contabilizados os indecisos e os votos brancos e nulos, Dilma soma 50,3% das intenções e Serra, 37,6%. Na pesquisa anterior, a petista somava 46,8% contra 41,8% do tucano.

No novo levantamento, 7,9% dos entrevistados disseram estar indecisos e 4,1% afirmaram votar em branco ou nulo. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 29 de outubro, com 2.000 entrevistados em todo País, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 25 de outubro de 2010, sob o número 37919/2010.

Fonte: Portal Terra

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pesquisa IBOPE em 28/10 Dilma(PT) 57% e Serra(PSDB) 43%



No total de votos, petista obtém 52% das intenções, e tucano, 39%.
Margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (28) aponta Dilma Rousseff (PT) com 57% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 43% na disputa em segundo turno pela Presidência da República.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 55% e 59%, e Serra, entre 41% e 45%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.

Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no último dia 20, Dilma aparecia com 56% dos votos válidos e Serra com 44%.

O Ibope entrevistou 3.010 eleitores, de 26 a 28 de outubro. A pesquisa foi encomendada ao instituto pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 37596/2010.

Votos totais
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 52% das intenções de voto, e José Serra, 39%. As intenções de voto em branco ou nulo acumulam 5%, segundo o Ibope. Os eleitores indecisos são 4%.

Nos votos totais da pesquisa anterior do Ibope, do último dia 20, Dilma tinha 51%, e Serra, 40%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 4%.

Fonte: G1

O que posso dizer?


"Temos que ter cuidado é para eleger uma pessoa que tenha compromissos de manter o que foi conquistado e aprimorar o que precisa ser aprimorado. Ou seja, fazer o dobro do que nós fizemos." (De entrevista concedida pelo presidente Lula a Fernando Morais, publicada pela revista "Nosso Caminho", em novembro de 2008).


O importante para nós da esquerda não é, propriamente falando, este momento da disputa entre Dilma Rousseff e José Serra, embora de seu resultado dependa a continuação das políticas de Lula, que tanto vêm engrandecendo o país e assegurando uma vida mais digna ao povo brasileiro.

Assusta-nos imaginar o que aconteceria no caso de uma vitória de Serra. Seria a repetição do que ocorreu no Brasil anteriormente à Presidência de Lula: o governo afastado do povo, alheio ao que se passa na América Latina, indiferente à ameaça que o imperialismo dos EUA representava para os países do nosso continente.

Seria o avançar do processo de privatização de grandes empresas nacionais e de empreendimentos de valor estratégico para este país. Tudo isso é tão claro aos olhos da maioria dos cidadãos brasileiros que, confiantes, vêm apoiando, sem recuos, a candidatura Dilma.

Não sou especialista em ciência política para entrar em detalhes sobre o assunto; a imprensa disso se ocupa o tempo todo. Na minha posição, de homem de esquerda, o que interessa não é analisar exaustivamente os programas de governo que cada um dos candidatos apresenta, mas defender a permanência das diretrizes fixadas pela gestão de Lula, tão autêntico e patriótico que surpreende o mundo inteiro. Eis o que vocês da Folha me pedem que escreva e que eu, modestamente, procurei atender.

OSCAR NIEMEYER, 102, arquiteto, é um dos criadores de Brasília (DF). Tem obras edificadas na Alemanha, Argélia, EUA, França, Israel, Itália, Líbano e Portugal, entre outros países.

Artistas e intelectuais declaram apoio a Dilma no Rio de Janeiro

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Folha, onde vc estava em 64??


Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setores marxistas.

Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.

No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, que rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.

Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibad, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.

Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalistas no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.

As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)

No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ela e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.

Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.

Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.

Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.

Por Emir Sader

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pesquisa Datafolha de 26/10 Dilma(PT)56% e Serra(PSDB) 44%


A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, manteve 12 pontos percentuais de vantagem sobre seu adversário no segundo turno das eleições, o tucano José Serra, segundo pesquisa realizada e divulgada hoje pelo Datafolha. Ela aparece com 56%, contra 44% do tucano. O resultado, em votos válidos, é idêntico ao registrado no último levantamento do instituto, realizado no dia 21.

No total de intenções de voto houve leve oscilação: Dilma tem 49% contra 38% de Serra (na semana passada, a petista estava à frente com 50% a 40%).

A segmentação dos resultados do novo levantamento mostra que não foi eficiente a estratégia de Serra de reforçar sua presença no Sudeste e no Sul do país, o chamado "cinturão tucano", onde teve votação expressiva no primeiro turno.

No Sudeste, o tucano perdeu três pontos percentuais e agora é derrotado pela petista por 44% a 40%. No Sul, ele perdeu dois pontos percentuais, mas ainda vence Dilma --que cresceu dois pontos-- por 48% a 41%.

No Nordeste, ponto forte da petista, a distância entre os dois adversários, que oscilaram negativamente um ponto, ficou a mesma da pesquisa passada (37 pontos, ou 64% a 27%).

Desta vez, foram entrevistados 4.066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pretendem votar em branco ou anular o voto 5% dos eleitores entrevistados (eram 4% no último levantamento), enquanto 8% dizem estar indecisos (contra 6% da última pesquisa).

Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 37.404/2010.

Fonte: Folha de São Paulo

Pesquisa Datafolha 26/10 no DF Agnelo(PT) 65% e Weslian(PSC) 35%


Pesquisa Datafolha realizada hoje com 1.112 eleitores mostra que a vantagem de Agnelo Queiroz (PT) sobre Weslian Roriz (PSC) oscilou positivamente de 23 para 25 pontos percentuais.

O candidato petista agora tem 55% das intenções de voto, contra 30% de sua adversária. Com relação ao último levantamento do instituto, realizado entre os dias 20 e 21, Agnelo oscilou um ponto para cima, enquanto Weslian, um para baixo (o placar era de 54% a 31%).

Considerando-se apenas os votos válidos (ou seja, excluindo-se votos brancos e nulos), Agnelo tem 65%, e Weslian, 35%.

De acordo com o Datafolha, 7% pretendem votar em branco ou anular o voto. Outros 8% se dizem indecisos. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

No primeiro turno, Agnelo venceu Weslian por mais de 13 pontos de diferença (48,41% a 31,5%).

Neste levantamento, Agnelo melhorou seu desempenho em vários estratos do eleitorado, como entre os que têm entre 35 e 44 anos (de 50% para 60%), entre os mais velhos (de 48% para 54%), entre os mais escolarizados (de 69% para 73%) e entre os mais pobres (de 36% para 41%).

Weslian Roriz tem maior intenção de voto entre os eleitores mais velhos (36%), entre os menos escolarizados (48%) e entre os mais pobres (41%).

Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número 40068/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral com o número 37405/2010.

Análise dos cientistas políticos: Dilma evolue e Serra não convence


André Mascarenhas

A pedido do Radar Político, os cientistas políticos Carlos Melo e José Paulo Martins comentam, em tempo real, o penúltimo debate das eleições presidenciais, na TV Record.

A iniciativa é parte da cobertura do estadão.com.br para o encontro entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, José Serra, que também será acompanhado em tempo real pelo blog.

Melo e Martins assistem à transmissão na redação do Estado e dão suas opiniões sobre os principais momentos do debate. Um jornalista acompanha a discussão e relata tudo em tempo real. Os leitores podem tirar suas dúvidas enviando perguntas para o @poltica_estado.

Veja os principais trechos da conversa:

00h37 – “Ela está firme”, avalia Melo. “Acho que as pesquisas ajudam um pouco”, acrescenta Martins. Analistas respondem o porque da dificuldade de Serra em defender o legado de Fernando Henrique. “Primeiro porque o Serra nunca foi um grande fã do governo Fernando Henrique. Segundo é que as pesquisas mostram que o FHC não é tão popular quanto Lula”, diz Melo. “Ele nem mostrou o FHC quando concorria para sucedê-lo. Agora fica um pouco fora”, diz Martins, que cita os avanços do governo FHC, como a estabilidade econômica e política. Mas há uma crise de identidade na oposição? ”Como fazer oposição a um governo que é tão bem avaliado? Quando você tem pontos que realmente pegam, como a ética, o nepotismo, ele não consegue fazer pegar no eleitorado porque o eleitor sabe que no partido dele tem também”, diz Martins.

00h46 – “Eu diria que a novidade é a segurança da Dilma”, diz Martins. “O problema é que o Serra tem um perfil… Ele é a figura racional por excelência. Quando ele faz esse discurso muito emocial você não reconhece ele”, acrescenta Melo. ”A Dilma tem milhões de defeitos, mas é impressionante como ela aprende rápido”, diz. Martins lembra que Dilma também tem sua história. “Ela também está na luta política há muito tempo”, acrescenta.

00h41 – Martins comenta as considerações finais de Dilma. “O Serra erra na questão das privatizações como a Dilma errou na questão do aborto”, diz ele. “O problema do Serra é que ele não abre mão de nada”, acrescenta Melo.

00h31 – Melo comenta o esgotamento dos assuntos trazidos por Serra. “O PT teve uma postura olímpica. Tinha os assuntos, mas só precisou usar agora”, diz.

00h29 – Martins repara na fala de Dilma, que diz que Serra é arrogante. Para ele, os estrategistas da campanha identificaram a percepção, disseminada no Twitter, de que o candidato tucano está muito arrogante.

00h20 – “O primeiro bloco foi mais pesado. O segundo bloco teve um grau de agressividade um pouco menor”, diz Melo. “Acho que tudo é muito menos programático do que estratégico”, acrescenta Martins, para quem os candidatos falam para a edição do programa eleitoral. Melo lembra que Serra critica o fato de Lula ter dado continuidade para os programas sociais de FHC, mas está, ao longo da campanha, comprando as bandeiras do PT. O exemplo é o desmatamento zero defendido por Serra. Martins destaca as discussões no Twitter: “Estão falando da arrogância do Serra”, diz.

00h14 – Martins destaca a escolha do tema ambiental pela Dilma. “Um tema caro à Marina”, diz. Melo acrescenta que que o “PT tem mais identidade com esse setor político do que o PSDB sempre teve”. “O eleitor de Marina tem várias facetas”, acrescenta Melo. “Tem os evangélicos, as viúvas do PT”, acrescenta Martins. “É um eleitorado multifacetado”, diz Martins.

00h10 – Melo ironiza a crítica de Serra à compra de aviões não tripulados pela PF. “O Serra quer ser mais nacionalista do que o PT”, diz Melo. “É esquizofrênico”, acrescenta Martins. “Vai contra a base social do PSDB”, diz Melo. “E a base social do PT já está com Dilma.” ”Isso é complicado porque no limite pode querer dizer reserva de mercado para a indústria nacional”, conclui.

00h02 – “Serra vestiu a carapuça e agora quer ser mais realista que o rei, mais estatista que o PT”, diz Carlos Melo sobre a defesa da Petrobrás feita por Serra. Para ele, Serra tem dificuldade de falar sobre o tema, pois “vestiu a carapuça”. “A saída seria uma construção ao longo da campanha”, diz Melo, para quem a discussão em torno da questão da privatização é ideológica. “Essa é uma estratégia que colou em 2006, mas para a qual o PSDB não tem resposta”, acrescenta Martins. Para ele, Serra insiste na estratégia das privatizações pois esta “colou no primeiro turno”. Ele se refere às contradições da candidata do PT na questão do aborto. Para Melo, o antídoto para o PT é o fato de Serra ter assinado documento dizendo que não deixaria a prefeitura de SP.

23h52 – Martins comenta twit de @alvaro_andrade, para quem “o problema de discutir tráfico de influência é que todos tem problema, então tem que mudar para plano de governo”. “Isso não é uma variável, é uma constante entre os candidatos”, diz Martins sobre a presença do tema tráfico de influência no debate.

23h43 – “Ele foi muito mais agressivo, mas não golpeou a ponto de ela ficar grogue”, diz Melo. Martins vê mais do mesmo. “O que vêm agora? Tudo o que já era esperado veio no primeiro bloco”, diz Martins. Melo acha que é grande a quantidade de pessoas que devem ter desligado o televisor após o termino do primeiro bloco. “No primeiro bloco você tem que mostrar um certo ímpeto”, diz Melo. “Porque a partir de agora, a tendência é audiência diminuir”, continua. “Esse era um debate que foi marcado de última hora”, lembra Martins. Ele critica a falta de aprofundamento dos temas. Melo lembra que nos debates não há uma discussão sobre de onde virá o dinheiro. “Achar que o Congresso vai aprovar o que eles mandarem é uma grande balela”, diz. “E as pormessas ainda nem apareceram”, concorda Martins, que destaca o salário mínimo de R$ 600 e a erradicação da miséria.

23h42 – “A maioria do eleitorado é mulher e é pobre, e quem se preocupa com a família é a mulher”, diz Melo. “Mas a eficácia é duvidosa. Quando Serra fala de multirão de varizes, ele erra”.

23h37 – “Quando as pessoas começam a assistir e vêem que os mesmo assuntos começam a ser retomados, o sujeito diz, ‘ah, vou dormir’”, diz Martins. Para Melo, os candidatos sabem que estão falando para um público muito restrito, dado o horário. O assunto saúde ganha força e Serra cita números do setor. “Essa coisa dos números não diz muita coisa. 15 mil consultas mês quer dizer o quê?”, questiona Martins.

23h30 – Dilma pergunta sobre o ProUni. “Ela coloca a questão que é uma vitrine e vai tentar defendê-la”, diz Martins. O assunto acaba caminhando para o caso do Paulo Preto. Dilma diz que o governo Lula apura seus casos de corrupção. Martins atenta para a estratégia, que já tinha citado anteriormente. Melo chama a atenção para o discurso de Serra, que costuma chamar para si algumas obras. Segundo ele, há pesquisas que mostram que o eleitor vê arrogância nessa postura. “Ele diz eu fiz até para coisas que notadamente não foi ele”, concorda Martins. Serra cita o ex-assessor de Dilma Valter Cardeal, e diz que o governo alemão investiga o caso. “Agora ela pode falar que o governo francês investiga o caso Alston”, ironiza Martins.

23h23 – Serra pergnunta sobre privatizações. “Ele está assumindo a paternidade da privatização do setor de telecomunicações”, diz Melo. “O Serra está mais agressinvo do que nos outros debates”, continua. “Ele não tem outra alternativa a não ser roubar os votos dela. Mas é mais arriscado atacar”, responde Martins. Serra cita Erenice Guerra e Dilma responde com Paulo Preto. “Quem com Erenice fere, com Paulo Preto será ferido”, brinca Melo.

23h13 – Começa o debate da Record. Dilma começa perguntando. “Crescimento a taxas chinesas por causa do PAC?”, ironiza Melo. “Cade a pergunta, Dilma?”, diz Martins. Melo comenta o gestuário de Dilma, que aponta para si quando fala do PAC. “Essa é uma tentativa de trazer para o governo o que o governo tem obra”, diz Martins. “No campo da infraestrutura ela se coloca com mais facilidade. Ela cita cidades, ela tem os números na cabeça, porque ela está gerindo isso”, diz. Para Martins, no entanto, o Brasil tem “graves problemas de infraestrutura”.

23h11 – Cientistas políticos conversam antes do início do debate. Há um clima de nostalgia em relação aos debates antigos.
23h08 – “Maluf fez escola”, diz Melo sobre a prática dos candidatos de não responder às perguntas. ”Nesse sentido, faz falta personagens como Maluf, Brizola, Covas”, continua. “Acho que é uma coisa do marketing político”, diz Martins, para quem é orientação dos próprios marqueteiros a estratégia de responder às perguntas com outros assuntos. “Deixa de ser um debate para ser versões”, diz Melo.

23h05 – Temas que devem permear o debate, segundo os analistas: privatizações, educação e saúde. “O PSDB acusou o PT de não reverter as privatizações”, diz Martis, que vê um debate esquizofrênico na discussão.

23h - O”A princípio tem um negócio que se chama vetos cruzados”, diz Melo sobre a presença “O eleitor sabe que de ambas as partes têm problemas”, diz Martins.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pesquisa Vox/IG/Band em 25/10 Dilma(PT) 57% e Serra(PSDB) 43%


Candidata do PT ao Palácio do Planalto recuou dois pontos, enquanto tucano oscilou um ponto para baixo; indecisos antes eram 4%

Pesquisa Vox Populi/iG publicada nesta segunda-feira mostra que, a menos de uma semana das eleições, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, mantém a dianteira sobre o tucano José Serra na corrida presidencial. A ex-ministra da Casa Civil oscilou dois pontos para baixo em relação ao levantamento realizado pelo instituto entre os dias 15 e 17 de outubro e agora conta com 49% das intenções de voto. Com isso, ela tem uma vantagem de 11 pontos sobre Serra, que perdeu um ponto e aparece com 38%.

O número de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco ainda é de 6% - mesmo índice contabilizado na última pesquisa. O Vox Populi apontou, no entanto, aumento do número de eleitores indecisos ou que não responderam ao questionário: de 4% para 7%.

Considerando-se apenas os votos válidos, Dilma seria eleita com 57% contra 43% de Serra. De acordo com esse critério, a distância entre os dois candidatos é de 14 pontos, igual à apontada pelo último levantamento. Ainda assim, 88% dos eleitores ainda afirma, porém, que já tem certeza da decisão tomada.

O Vox Populi ouviu 3.000 pessoas em 214 municípios, entre os dias 23 e 24 deste mês e, portanto, já refletem a repercussão de episódios que marcaram o debate presidencial na semana passada, como o tumulto em um compromisso de Serra no Rio de Janeiro. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número 37059/10 em 20 de outubro.

Vantagem

A região onde a candidata do PT tem a maior vantagem em relação ao adversário tucano é o Nordeste: 64%, contra 27%. O Sul é a única região em que Serra tem vantagem sobre a petista: 47% a 39%. No Sudeste, onde está concentrada a maior fatia do eleitorado, ela venceria por 44% a 40%.

Entre os eleitores de Dilma, 53% são homens e 46%, mulheres. Já Serra tem mais apoio entre mulheres (40%) do que entre os homens (36%).

Num momento em que temas religiosos ganharam destaques na campanha, a pesquisa aponta também que Dilma venceria o rival entre eleitores católicos (51% a 39%), católicos não praticantes (53% a 35%) e evangélicos (44% a 41%). Entre os eleitores que não têm religião, a vantagem da petista é de 46% a 38%.

Fonte: Portal IG

A GLOBO E ALIADOS - Cap. 2 - A nova Investida


Foram muitas as tentativas e muitos os temas explorados pela Rede Globo de Televisão, juntamente com diversos outros aliados do mesmo propósito, com o intuito claro de desvirtuar, desmerecer e desqualificar a candidata Dilma Roussef e o governo Lula, em prol da direita conservadora representada pelo PSDB e pela campanha do candidato José Serra.

Em muitas ocasiões isso ficou tão evidente que mais parecia o Jornal Nacional um palanque pró-serra, dado o veneno e a destinação das informações e denúncias veiculadas.

E todo este "desserviço" dispensado ao país em serviço prestado pela rede Globo e aliados à campanha tucana é gratuito e voluntário. Tem simplesmente o simples e único objetivo de transformar o Brasil no porto seguro da entrada dos capitais privados, nacional ou internacional, não importa, desde que seja capital e, de preferência, especulativo e lastreado pela selvageria do lucro a qualquer custo, em detrimento do próximo bem próximo fisicamente e tão distante a perder de vista pela exclusão malévola patrocinada pelo capitalismo conservador e tradicional que transforma em ouro tudo o que em ouro é pesado e deita em terra virgem e fria tudo que é sonho e aspiração e povo e gente.

O mantenedor e investidor desse modelo de sociedade planejada e pregada pela campanha "tucana" nada tem de verde nem de ave, muito menos de social e popular. O tucano como símbolo é mais uma artimanha gatuna de dar o tapa e esconder a unha da camaleonada do Serra e companhia.

Esse grupo é cruel e está centrado na garantia dos lucros exorbitantes aos detentores do capital e à massa, a sobra. É, entre outras coisas, um investidor inescrupuloso, a serviço unicamente do mesmo capital, forjado, alimentado e realimentado na escola do tudo por ele nada sem ele. Eis a grande verdade. Porém pregam um governo de união nacional; um pacto nacional pela educação; um governo de igualdade. Atentem pois é tudo isso uma grande mentira e terrível enganação.

A última desses nossos conceituadíssimos veículos da informação é trazer novamente à cena o caso da Receita Federal.

Ora, se a violação dos dados fiscais das lideranças tucanas foram produzidas e levadas a efeito pelo senhor Amaury Ribeiro Jr, funcionário do Jornal o Estado de Minas e, segundo a Polícia Federal, todas as despesas com as viagens de Amaury e com a obtenção dos documentos fiscais foram custeadas pelo mesmo jornal;

Considerando depoimento do próprio Amaury, esse dossiê era para ser utilizado em defesa do governo de Minas, do então Governador Aécio Neves, do PSDB;

Considerando ainda que essa violação ocorreu em setembro e outubro de 2009, bem antes do início da pré-campanha eleitoral;

Evidente está que a arquitetação para montagem deste dossiê foi motivada por uma contenda interna do PSDB, entre o grupo de Aécio e o de Serra, não querendo aqui confirmar o envolvimento destes mas, tudo isso está devidamente elucidado.

Agora, a esta altura da campanha eleitoral, nada conseguindo provar, como diz a própria Polícia Federal que nada foi comprovado da utilização dessas informações na campanha, vem a divulgação de que os dados, é bom que se lembre sempre, coletados pelo senhor Amaury Ribeiro Jr, a serviço do jornal o Estado de Minas e em defesa do Governo de Minas Gerais foram roubados por um integrante da campanha de Dilma Roussef. Pacência. Roubados como? Por quem? Como e quando? E para quê?

Dados levantados dentro do próprio PSDB, com objetivos sabe se lá quais, só eles é que podem dizer e agora em poder do PT e da campanha da Dilma? Como? A que a de servir essas informações senão aos autores da mesma.

Esse é o modelo torto da direita elitista e conservadora agir. Atribuir ao outro o que é característico seu, medindo a todos pela regra da sua própria régua, desregrada e desprovida de medidas justas, só atendendo às necessidades da pequena fração que lhes dizem respeito, em detrimento do todo.

A eles, tudo e, ao povo, a sobra do resto.
É a proposta falso-moralista que tenta incutir na cabeça das pessoas um projeto de governo que nem eles mesmos acreditam, no jogo do vale tudo, pois é preciso ganhar.

São déspotas e hipócritas e seus discursos carregados de tanto cinismo que, às mentes mais desatentas e desarmadas de maus sentimentos, faz tudo parecer verdadeiro.

Precisamos estar atentos e vigilantes para não permitir que nos roubem no que temos de mais importante: a nossa própria consciência.

Vamos firmar o nosso propósito e o propósito do Brasil, consolidado e tão bem guiado pelo governo Lula, na direção da justiça, da igualdade, da não discriminação e da paz social tão amada, sonhada e perseguida por todos nós brasileiros.

Por Roberval Paulo

domingo, 24 de outubro de 2010

Serra em, "O grande acordo"

Debate na Globo. Vamos ficar de olho para que a manipulação de 2006 não se repita


O debate da Rede Globo, na próxima sexta, será todo de perguntas de eleitores indecisos, com resposta do candidato e comentário do oponente. Chegou-se a discutir a possibilidade de abrir espaço para algumas perguntas do mediador, William Bonner, mas a campanha de Dilma vetou a ideia.

Vamos ficar atentos a armaçao da Globo

Vamos relembrar o debate de 2006 entre Lula e Alckmin

“Indeciso” do debate da Globo faz parte de uma comunidade contra Lula e mentiu que precisa pegar 3 ônibus para estudar

O blog “Os amigos do presidente Lula” denunciou que a rede Globo montou uma farsa no debate entre os candidatos à Presidência com o objetivo de ajudar Geraldo Alckmin. O site mostrou que a Globo levou ao debate pessoas escolhidas pelo Ibope que não eram “indecisas” e ainda manipulou as perguntas para favorecer o tucano.

“Alan Brito de Fortaleza, Ceará, era um dos indecisos. Ele perguntou o que o futuro presidente faria para a melhoria dos transportes, e deu como exemplo o caso dele, que pegava todo dia três ônibus para chegar à faculdade. Só que a Globo não esperava que a farsa fosse desmascarada tão rapidamente. Alan Brito mora na frente da faculdade que estuda. Não tem como ele pegar três ônibus, contam seus amigos da comunidade do Orkut (site de relacionamento)”, afirma o blog.

Depois de afirmar que a pergunta de Alan foi feita pela produção da rede Globo, o site mostra que ele faz parte de uma comunidade no Orkut contrária ao Presidente Lula e que a maior parte de sua turma é tucana. Indignados com as manipulações da Globo, os colegas de faculdade de Alan montaram uma comunidade chamada “Alan e os seus três ônibus” e ainda despejaram mais de 18 mil recados condenando sua encenação, com frases bem ríspidas e outras impublicáveis.

O blog registrou ainda que “provavelmente isso explica o fato dos ‘eleitores indecisos’ gaguejarem tanto na hora de ler suas próprias perguntas, como se não tivesse saído de suas próprias cabeças”.

A notícia está aqui no arquivo do nosso blog

sábado, 23 de outubro de 2010

Extra extra - 1º dia de pesquisa de um grande instituto


PESQUISA JÁ MOSTRA O EFEITO DA BOLINHA DO SERRA




Parece que a bolinha de papel jogada na cabeça do Serra e a farsa montada pelo Jornal Nacional, teve um efeito arrasador na campanha demo-tucana. Um instituto de pesquisa que está em campo nesse final de semana, já mostra que a candidata Dilma Rousseff aumentou a diferença sobre seu rival, vejam os números:

Votos Totais:

Dilma Rousseff(PT): 52%
José Serra(PSDB): 38%

Votos Válidos:

Dilma Rousseff(PT): 57%
José Serra(PSDB): 43%

Vamos aguardar o último dia de coleta e verificar como ficarão os números.

Como a Globo manipulou o "atentado" a Serra no Jornal Nacional


Foi mais ou menos como num jogo de futebol: o zagueiro encosta no atacante, o atacante se atira dentro da área, rolando, se contorcendo, na esperança de que o árbitro apite um pênalti.



Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa

Mas as câmaras são soberanas. Elas mostram que o zagueiro mal tocou no centroavante, que o atacante se atirou, que não está machucado, que está simulando. Ainda assim, alguns narradores gritam: "Pênalti!". E no dia seguinte, os analistas vão bater boca o dia inteiro: foi, não foi, o juiz acertou, o juiz roubou.

Na cena reproduzida pelo Jornal da Record, o candidato José Serra vem caminhando, sorridente, pela rua do comércio de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Vem cercado de correligionários e seguranças. Mais adiante, seu caminho está bloqueado por uma passeata de petistas, que podem ser identificados por suas bandeiras vermelhas.

A comitiva do candidato oposicionista segue na direção dos adversários, arma-se um rápido entrevero, no qual um petista é agredido por três acompanhantes do candidato Serra, que está abrigado à porta de uma loja.

Apartam-se as brigas, Serra retoma a caminhada.

Então, alguma coisa o atinge na cabeça.

Pela câmara da TV Record, observa-se que o candidato apenas passa a mão na cabeça, constatando que não está ferido. É levado, então, por seus acompanhantes para um hospital.

Corta para o médico que o atendeu. A frase é clara: ele não tem nem um arranhão. A reportagem esclarece: o candidato foi atingido por um rolinho de plástico, um desses adesivos de campanha amarrotado.

Agora, a mesma cena no Jornal Nacional, da TV Globo: tudo quase igual, exceto no momento em que José Serra é atingido. Substitui-se, então, a imagem em movimento, que mostra apenas um susto da vítima, por uma fotografia, tirada de cima para baixo, de efeito muito mais dramático.

Quando chega o trecho da entrevista do médico, sua voz desaparece e em lugar da versão oficial do hospital entra o locutor, que apaga a informação de que o candidato não sofreu sequer um arranhão e a substitui por uma versão mais grave. A encenação se completa com o candidato sendo entrevistado, sob uma tensa luz azulada, com olhar de vítima.

Simulando uma contusão

O episódio, condenável sob todos os aspectos, deve, no entanto, ser visto como resultado da irracionalidade e radicalização da campanha eleitoral. Mas as versões apresentadas pela imprensa merecem uma análise à parte.

Uma curiosidade: quem teria descido do Olimpo global para comandar a edição de tão importante reportagem? Que critérios do manual de ética e jornalismo da Rede Globo foram brandidos para justificar a transformação de um episódio banal, mais do que esperado no ambiente de conflagração que os próprios candidatos andaram estimulando, em uma crise republicana?

As evidentes diferenças nas edições do Jornal Nacional, muito mais dramático, e do Jornal da Record, que tratou o episódio com mais naturalidade, sem deixar de condenar os excessos de militantes, têm a ver com jornalismo ou com engajamento eleitoral?

No boletim online do Globo, distribuido às 14h18 da quarta-feira, "Serra é agredido durante enfrentamento de militantes em ato de campanha no Rio".

Na edição de papel, primeira página do Globo, "Serra é agredido por petistas no Rio". No complemento, a informação alarmante: por orientação médica, o candidato cancelou o resto da agenda e submeteu-se a uma tomografia num hospital da Zona Sul.

Título na primeira página do Estadão: "No Rio, petistas agridem Serra em evento".

Na Folha, em foto menos dramática, "Serra toca local em que foi atingido por um rolo de adesivos…"

Quanto pesa um adesivo de campanha enrolado? Cinco, dez gramas?

E a tomografia? É resultado da conhecida hipocondria do ex-governador ou parte da estratégia para transformar um episódio grotesco e banal em atentado político? Como uma bolinha de papel, dessas que os alunos atiram uns nos outros nas salas de aula, poderia virar motivo de comoção nacional?

Em seu artigo na edição desta quinta-feira [21/10] da Folha de S.Paulo, a colunista Eliane Cantanhêde transforma o projétil de papel em "bandeirada" na cabeça e afirma que José Serra, literalmente, apanhou na rua.

Quanto vale um jornalismo dessa qualidade?

A chamada grande imprensa perdeu completamente as estribeiras.

Denúncia: carros de som em SP dizem que Marina apoia Serra


Vivemos uma das campanhas mais sujas e mentirosas que já vi nos últimos 30 anos, até pensei que a campanha do candidato José Serra tivesse esgotado seu estoque de mentiras e armações, porém, me enganei. Hoje passando na cidade de Osasco-SP me deparei com um carro de som da campanha tucana, anuciando aos quatro ventos que a candidata Marina Silva tinha decidido apoiar o #serrojas.

Diante do ocorrido, entrei em contato com algumas lideranças políticas da grande São Paulo e os mesmos me confirmaram que existe vários outros carros de som anunciando a mesma mentira em todo estado.

Nessa última semana de campanha temos que nos preparar para uma enxurrada de sujeiras espalhadas Brasil a fora pela campanha tucana e patrocinadas pela grande mídia.

É importante que o comando da campanha da candidata Dilma Rousseff saiba dessa informação e verifique se é possível entrar com alguma denúncia crime do TSE para calar essa verdadeira quadrilha que se montou no QG de campanha do candidato da oposição.

Por Roberval Padilha

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mais um dia em que a Globo envergonhou seus funcionários


Saiu no Escrivinhador, de Rodrigo Vianna:



O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel

Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.

A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.

Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).

Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.

Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.

Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.

Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.

Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.

A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.

Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.

Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.

Serra e Kamel não sentiram vergonha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Extra Extra - Pesquisa Datafolha 22/10 - Dilma(PT) 56% e Serra(PSDB) 44%


Pesquisa Datafolha que será divulgada amanhã, trás o seguinte resultado:

Votos Totais:

Dilma: 50%
Serra: 40%

Votos Válidos:

Dilma: 56%
Serra: 44%

Aguardem amanhã o resultado detalhado

Reflita e faça a sua parte


É triste e lamentável. Chegamos ao extremo dos extremos. Ao absurdo dos absurdos. Ao cúmulo de todas as leviandades e irresponsabilidades acumuladas, multiplicadas quarenta e cinco vezes e tantas outras vezes possíveis e impossíveis, desde que no fim do túnel a luz brilhe, mesmo que envolta e embebida da mágoa e dor alheia; da indignidade e da vergonha popular. Mesmo que envolta e embebida da carne e do sangue de uma nação inteira. É vergonhoso. É muito mais do que isso. É caso de polícia.

A sociedade assiste a tudo, estupefata e impassível, sem entender e sem saber o que de fato está a acontecer; sem alcançar a exata noção de realidade; sem precisar o rumo certo a seguir e para quem a banda toca.

Essa é a pior campanha presidencial da nossa "controvertida" história republicana, em todos os aspectos e, diante deste fato, precisamos refletir bastante.
Primeiro, porque temos uma candidata, a Dilma Roussef que, reafirmando a sua história em defesa de um país e reagindo à opressão imposta e sofrida, representa um governo e um projeto que vem dando certo, com conquistas relevantes no campo social, na distribuição de renda, no acesso ao crédito e no emprego, realizações essas que foram capazes de proporcionar uma vida mais digna e trazer de volta às pessoas de vida comum a capacidade de sonhar e de novamente acreditar e ter esperanças em dias melhores para si e para os seus. Enfim, dias melhores para as comunidades até então sempre excluídas das estatísticas sociais, portanto, um governo que, salvo as irregularidades, infelismente, características do sistema; salvo a manutenção da estrutura de poder para a tal e tão necessária governabilidade, tem sido um governo voltado para as aspirações do povo, principalmente para as classes menos favorecida da nossa sociedade e do nosso Brasil.

Segundo porque, realmente, se põe em segundo, temos um candidato, o José Serra que, dado ao seu histórico político, diga-se de passagem, de valor considerável, detentor de diversos mandatos, sempre votado e aceito por uma parte da sociedade, não devia se dar a esse papel cruel de difamar e de agredir, de ferir e de imputar responsabilidades sem provas, sem fundamentação, com total leviandade e irresponsabilidade, criando factóides, agredindo a moral e ética das pessoas, colocando em choque e jogando por terra valores familiares, trazendo para o ápice da discussão a fé e as crenças religiosas, algo inaceitável no seio da verdadeira comunidade cristã, arquitetando e comungando de planos torpes e inescrupulosos em benefício próprio, não se incomodando e não se importando com a destruição irreparável que estes podem causar ou a quantas pessoas podem estes ferir, enfim, reinventando a roda ou a própira comunicação humana, desde que estas garantam-lhe a vitória e, o resto, todo o resto que se exploda.

É vergonhoso e lamentável e triste mas é essa a nossa realidade e da qual não podemos nos desvencilhar e nem nos furtarmos a fazer valer as nossas próprias convicções, o nosso ideal e o ideal que pensamos para todos em comum e para as gerações futuras.

No final de tudo, você eleitor, é a peça chave e fundamental de todo esse processo. Processo esse sujo ou limpo, verdadeiro ou mentiroso, fantasioso ou real, você eleitor, é o alvo principal.

Faça valer a pena. Analise com critério e muito cuidado. Não se acovarde nem se venda. Não se deixe levar por uma mídia sensacionalista, imediatista e interesseira que, com seus olhos de vácuo, cheios de ambição e egoísmo, enxerga a população como simplesmente sua massa de manobra e nos joga goela abaixo sua podridão e enxôfre para a nossa degustação alienada e fragilizada pela nossa própria falta de posição.

Faça valer a pena. Não se curve e não entregue seu destino aos interesses de outros que não sabem e não conhecem as suas dores, muito menos as suas necessidades.

Faça valer a pena meu caro eleitor. Você é soberano da sua vontade e senhor único da sua decisão.
Lembre-se. A sua decisão é capaz de conduzir os destinos de uma nação inteira.

E mesmo com este poder, você é a parte mais fraca e consequentemente, será a mais afetada se a sua escolha e decisão for pelo lado errado.

Decida-se. Levante o peito e diga com altivez.
- A minha escolha é em defesa do povo.
- A minha decisão é pela continuidade do projeto que trouxe:
diginidade;
melhor distribuição de renda;
mais comida na mesa dos brasileiros;
mais inclusão social;
mais crédito e crédito fácil à população menos favorecida;
mais emprego;
mais sonhos e esperanças a uma nação que já não mais sabia sonhar.

Uma nação que, pós oito anos de governo LULA, volta a acreditar que...
é possível crer mesmo quando já duvidam todas as crenças;
que é possível acreditar mesmo onde a mentira impera;
que ainda é possível sonhar mesmo quando só de pesadelos temos a vida.
E, ainda mais, que é preciso resistir e persistir, mesmo com a navalha na carne, desde que seja justa e nobre a causa e que você nela acredite.

Acredite então no sonho e o persiga e este se fará em doce realidade.

Pondere e reflita em até 13 vezes e...acerte.
O Brasil lhe agradecerá e a paz e a justiça se aplacarão sobre toda a nação e poderemos enfim, todos nós, brasileiros, caminharmos mais soberanamente rumo ao futuro que nós próprios traçamos para o nosso povo e para a nossa tão querida e idolatrada salve! salve! Nação Brasil.

Enviado por Roberval Paulo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pesquisa IBOPE em 20/10 Dilma Rousseff(PT) 56% e José Serra(PSDB) 44%


O Ibope divulgou nesta quarta-feira (20) uma nova pesquisa de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial. Segundo o instituto, Dilma Rousseff (PT) venceria se a eleição fosse hoje. No levantamento, ela obteve 56% dos votos válidos, e José Serra (PSDB), 44%.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 54% e 58% e Serra, entre 42% e 46%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.

Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no último dia 13, Dilma aparecia com 53% dos votos válidos, e Serra com 47%.

A pesquisa ouviu 3.010 eleitores, de 18 a 20 de outubro. Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 36476/2010.

Votos totais
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 51% das intenções de voto, e José Serra, 40%.

De acordo com o Ibope, as intenções de voto em branco e nulos acumulam 5%. Os eleitores que disseram não saber em quem vão votar são 4%.

Nos votos totais da pesquisa anterior do Ibope, do último dia 13, Dilma tinha 49%, e Serra, 43%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 3%.

Fonte: G1

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dilma recebe apoio de artistas, intelectuais, advogados e militantes cristãos


Aproximadamente mil artistas, intelectuais, políticos, advogados, líderes religiosos e militantes partidários lotaram ontem à noite o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, para apoiar a presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Declararam apoio, por exemplo, o arquiteto Oscar Niemeyer, o compositor Chico Buarque e a cantora Beth Carvalho, que não aparecia em público desde o fim do ano passado, quando se submeteu a uma operação de coluna.
“Estou me recuperando da cirurgia, mas fiz questão de vir”, afirmou Beth, que cantou uma versão política da música “Deixa a vida me levar”.

“Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”, discursou Chico Buarque.

Entre os representantes da classe artística estiveram presentes, além de Chico e Beth, os atores Paulo Betty, Dira Paes e Silvia Buarque, os músicos Alceu Valença, Wagner Tiso, Otto, Yamandu Costa, Rosemary, Lia de Itamaracá, Margareth Menezes e Alcione, além do cartunista Ziraldo e do diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente; os governadores reeleitos do Rio e da Bahia, respectivamente Sérgio Cabral (PMDB) e Jacques Wagner (PT); o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB); o teólogo Leonardo Boff, a filósofa Marilena Chaui e o sociólogo Emir Sader também marcaram presença.

Militantes do PT ocuparam parte da platéia vestindo camisetas de campanha e agitando bandeiras. Do lado de fora, telões na calçada transmitiam o evento.

O “Manifesto de Artistas e Intelectuais Pró-Dilma” defende o voto na candidata do PT para “garantir os avanços alcançados” sob a liderança do Governo Lula.

“É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”, diz o documento.

Os artistas e intelectuais, alguns deles eleitores de Marina Silva (PV) no primeiro turno, declaram o entendimento de que “muito mais do que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado”.

No mesmo evento, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos entregou à candidata do PT um manifesto de apoio dos advogados com o título “Profissionais do Direito com Dilma”. E outra declaração de apoio à petista foi entregue por líderes e militantes cristãos. Intitulado “Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, o manifesto tem como primeiros signatários o presidente honorário da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Thomas Balduino, e o bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, mas é assinado também por representantes de várias igrejas evangélicas. Além de anunciar o voto em Dilma, eles criticam o candidato do PSDB, José Serra, e denunciam “posturas autoritárias e mentirosas” contra a petista.

“Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura”, dizem.

”Uma vitória de Serra, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos socioculturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira”, afirma o documento.

“Não nos interessa se determinado candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer ‘Senhor, Senhor’’, mas realizar o projeto de Deus, ou seja, o projeto divino”, acentua o manifesto dos cristãos

Pesquisa Vox Populi 19/10 Dilma Rousseff 57% e José Serra 43%


Em novo levantamento, petista sobe 3 pontos, tucano cai 1 ponto e indecisos recuam 2 pontos.

Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais. Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.

Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.

O Vox Populi ouviu 3 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. Os resultados, portanto, não consideram o impacto do debate realizado pela Rede TV no último domingo, nem a entrevista concedida por Dilma ao Jornal Nacional ontem à noite. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10.

Recortes

Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.

Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.

A petista ganha em todas faixas etárias. Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.

Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.

Embora seja mulher Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.

No recorte que leva em consideração a cor da pela Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.

Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Estou de saco cheio, vou votar no Serra


Desculpem amigos, vou votar no Serra.

"Cansei... Basta"! Vou votar no Serra...

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio.

O salário dos pobres aumentou e qualquer um agora se mete a comprar carne,queijo, presunto, hambúrguer e iogurte.

Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana.

Se sobra algum dinheiro, a gentalha toda vai para a noite. Cansei disso.

Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares.

A Internet virou coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega na internet. Isso é humilhante. Cansei...

Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juros baixos, todo mundo tem carro. "É uma vergonha!", como diria o Boris Casoy.

Com o Serra os congestionamentos vão acabar....

Porque, como em São Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km , e cobrar caro.

Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo.

O que era exclusivo da Oscar Freire, agora se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz. Cansei...

Vergonha, vergonha, vergonha...

Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode?

Por isso eles vão votar nesta tal de Dilma... Só porque não precisam mais ficar implorando para ter um emprego de porteiro nas grandes capitais...

Cansei dessa coisa "tola" de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo, SBT, Band, Rede TV, CNT, Folha de SP, Estadão, etc.) ou quem sabe até dar uma forcinha pros pobres Banqueiros eles estão na miséria.

A coitada da "Veja" passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo.

Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses pobretões, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito... Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com esse pessoal.

Cansei dessa história de Luz para Todos.
Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria.
E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles?

Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar.
Agora, qualquer um tem TV LCD, MP3, celular e câmera digital.
Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior.
É o fim...

Vou votar no Serra.

Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase de graça e vender com altos lucros, quero ter dinheiro na poupança a juros de 80% ao mês.

Chega dessa baboseira politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco, morrer é o destino dos pobres...

Quem pode, pode, quem não pode, se sacode.

Tenho culpa se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar. Vagabundos!

Quero os 500 anos de oligarquia autoritária, corrupta e escravizante de volta.
Quero também os Arminios Fragas & outros pulhas, que transformaram a Vale a Light e a Embratel em meros ativos para vender a preço de banana para os amigos do rei.

Quero de volta a quadrilha do SERRA e do FHC, escondendo escândalos, maracutaias e compra de votos no Congresso. Com eles, ninguém denuncia, afinal são eles os grandes professores da USP. Imagina se vão falar mal destes professores. Agora, eu adoro quando denunciam estes pobres e barbudos que aí estão.

Onde já se viu: nesta terra sem lei chamada Brasil, só a direita corrupta tem o direito de roubar, o resto tem que trabalhar duro, com salário de fome para que os tubarões do PSDB, empresários e banqueiros, comprem suas mansões, seus jatinhos e iates além de mandarem dinheiro para paraísos fiscais.

Quero o SERRA FHC e sua quadrilha fazendo pelo país o que fez com os funcionários públicos, Professores, Médicos e Policiais do Estado de São Paulo, (que estão ha 14 anos a míngua). Tem que arrebentar essa cambada de pobretões.

Eu ia anular.
Mas cansei.
Basta!
Vou votar no Serra. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido.
Quero minha felicidade de volta!
Afinal pra que querer o que é bom, se no passado estavamos acostumados com o que não presta.

Só não vale uma coisa, arrependimento, pense nisso são 4 anos e tudo que foi conquistado irá por agua abaixo.
Ahhhh,
E se ele abandonar a Presidência na metade do mandato?
Que é que tem?
Ele já ta acostumado mesmo não é?

Abraços e dia 31 de outubro.

Vote por Voce.
Vote por seus Filhos.
Vote por seus Netos.
Vote pelo futuro de todo cidadão de bem.
Vote pelo Brasil.

Vote Dilma 13 - Essa sim é gente do BEM...

Ato de intelectuais pró-Dilma reúne centenas no Rio


Centenas de artistas, intelectuais e simpatizantes da petista se reúnem nesta segunda-feira (18) no Teatro Oi Casagrande no Rio de Janeiro para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

Depois de grande confusão na porta do teatro, em que muitos não puderem entrar, o ato começou com discursos dos intelectuais. A filósofa Marilena Chauí teve a fala mais aplaudida até agora.

“A nossa batalha é a batalha para que a construção da democracia no Brasil se consolide(...). Os liberais dizem que a democracia é o regime da ordem, mas não é só isso. Ela é o único regime político temporalmente aberto para o regime de novos direitos. Nesses últimos oito anos de governo (...) foram criados os novos direitos”, disse a filósofa, ao ser aplaudida.

Ela criticou duramente os panfletos apócrifos que circulam em igrejas paulistas contra Dilma que afirmam que ela é contra o aborto e a favor do casamento entre homossexuais. Segundo Chauí, os panfletos são "obcenos tanto politicamente como religiosamente por ser contra a liberdade de crença e a laicidade do Estado".

Até agora discursaram também Paulo Betti, Márcio Tomaz Bastos, Emir Sader, entre outros. Estão presentes também Chico Buarque, Beth Carvalho, Fernando Meirelles, Leonardo Boff, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o prefeito do Rio Eduardo Paes, o candidato a vice Michel Temer, o presidente do PT José Eduardo Dutra e outros, que lotam o palco do teatro.

Fonte: Portal IG

Bispos e tucanos apanhados em flagrante delito


A Polícia Federal revelou a conexão direta entre o núcleo da candidatura oposicionista e a campanha obscurantista patrocinada pelos bispos que sonham controlar a CNBB. Trata-se de ato de delinquência, tipificado como crime eleitoral. A PF, a mando da Justiça Eleitoral, apreendeu cerca de 1 milhão de panfletos contra a candidata Dilma Rousseff, numa gráfica que pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra, Sérgio Kobayashi. Os panfletos, de responsabilidade da Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vinham sendo distribuídos por militantes do PSDB.

Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa

Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, em 18/10/2010

Os jornais noticiam, na segunda-feira (18/10), que a Polícia Federal, a mando da Justiça Eleitoral, apreendeu cerca de 1 milhão de panfletos contra a candidata governista, Dilma Rousseff, numa gráfica que pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra, Sérgio Kobayashi.

Os panfletos, de responsabilidade da Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vinham sendo distribuídos por militantes do PSDB.

No domingo (17), dois ativistas da campanha de José Serra coordenavam a entrega do panfleto diante da capela da Pontifícia Universidade Católica, no bairro de Perdizes, em São Paulo, abordando os fiéis à saída da missa. Diziam que, se eleita, Dilma Rousseff vai estimular o aborto nas famílias de classe média para assegurar a maioria de pobres que, segundo afirmavam, são manipulados por políticas sociais. Citavam o caso do apartheid na África do Sul, enquanto uma militante reforçava o discurso dizendo em voz alta que Dilma Rousseff quer esterilizar as mulheres de classe média.

Fato real
A Polícia Federal revelou a conexão direta entre o núcleo da candidatura oposicionista e a campanha obscurantista patrocinada pelos bispos que sonham controlar a CNBB. Trata-se de ato de delinquência, tipificado como crime eleitoral.

Diante do flagrante delito, escorrem desmentidos de todos os tipos, e cabe à imprensa manter o assunto em evidência e investigar o caso.

A dona da gráfica, segundo a Folha de S.Paulo, é filiada ao PSDB desde 1991. Resta apurar quem pagava a impressão, se os bispos empenhados em cobrir a campanha eleitoral com seu discurso medieval ou se o dinheiro vinha do caixa da campanha de José Serra.

Mesmo que lhe interesse visceralmente virar a tendência do eleitorado e que tenha demonstrado, até aqui, uma bizarra flexibilidade quanto às boas práticas jornalísticas, é de se esperar que a imprensa tradicional ainda conheça alguns limites de decência.

O flagrante na gráfica que pertence a destacados militantes do PSDB é um fato real, não uma denúncia a ser investigada. Trata-se do evento mais escandaloso da atual campanha. Vamos ver quanto tempo permanece no noticiário.

Guerra de panfletos
Os leitores atentos devem ter observado que a capa da revista IstoÉ desta semana é uma referência à capa da revista Veja da semana anterior.

Na semana passada, Veja retratou a ex-ministra Dilma Rousseff em duas posições opostas, tentando representar uma suposta contradição da candidata diante da questão do aborto. Nesta semana, IstoÉ faz o mesmo com José Serra, mostrando-o também em duas imagens invertidas. Numa delas, com a frase segundo a qual o ex-governador nega conhecer o engenheiro Paulo Vieira de Souza, apelidado de Paulo Preto. Na outra, Serra reconhece o personagem e o elogia.

Paulo Vieira de Souza, obscuro avatar de obras públicas e campanhas eleitorais retirado das sombras pela IstoÉ, tornou-se desde a semana passada um dos eixos em torno dos quais a campanha eleitoral patina sem chegar aos temas que realmente importam para a escolha de um candidato à Presidência da República.

O outro tema, que envolve a intervenção do Estado em relação ao livre arbítrio das mulheres diante da questão do aborto, segue sendo alimentado por iniciativa do bispo de Guarulhos, com apoio oficial da coordenação de infraestrutura da campanha do PSDB, segundo apurou a Polícia Federal.

No que se refere à imprensa, convém esclarecer em que ponto da campanha os editores perderam as referências do bom jornalismo e aceitaram se transformar em meros coadjuvantes dos marqueteiros de candidatos.

Que os jornais chamados de circulação nacional estão há meses empenhados em fornecer munição para uma das candidaturas, não pode restar dúvida. O que está ainda por ser provado é até que ponto irão arriscar suas reputações para fazer valer suas preferências políticas.

O empenho da chamada grande imprensa em tentar impor um candidato à opinião pública ainda está por receber uma análise apropriada dos pesquisadores em comunicação, em torno de uma questão central: o que tanto temem os donos das empresas de mídia dominantes, em caso de vitória da ex-ministra Dilma Rousseff?

Os estudiosos estão dispensados de perscrutar as razões da revista Veja, que há muito deixou de produzir jornalismo para se transformar em panfleto.

Do Carta Maior

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Operação Caixa de Pandora chega a Sérgio Guerra (PSDB) e Agripino Maia (DEM)


As investigações do esquema do governo Arruda no Distrito Federal prosseguem. Na mira da PF, os senadores Agripino Maia (esquerda) e Sérgio Guerra (direita).

Por Leandro Fortes. Fotos: Ana Amara/DN e William Volcov/ AE

Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarti-culação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.

Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco. Guerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.

Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.

A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço -geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.

O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.

Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacional. Flores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.

Segundo Dominga, quando a Qualix estava para receber valores de contrato da Belacap, Badra a obrigava a dar telefonemas “dia e noite”, não sem antes entrar em contato com um doleiro identificado como Faied, para saber quando ele poderia entregar o dinheiro, tanto em dólar quanto em real. De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ou no estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas.

Procurados por CartaCapital, os senadores Maia e Guerra responderam por meio de assessores de imprensa. Guerra, ponta de lança da ofensiva udenista montada pelo PSDB para atacar a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Pernambuco em 3 de outubro. Ele admite ser amigo de Badra há 30 anos, desde que se conheceram em uma exposição agropecuária. Segundo ele, o vídeo apreendido pela PF cir-cula por Brasília desde 2006 e, garante, trata-se de uma armação contra ele e outros políticos. “Entre mim e o Eduardo nunca houve outro relacionamento senão o de amizade, que vai continuar”, avisa.

Maia foi ainda mais econômico com as palavras. Garante não ter nenhuma relação com Badra, de quem só se lembra de ter encontrado, “anos atrás”, para tratar de uma proposta da Qualix para se instalar no Rio Grande do Norte. O senador do DEM afirma ter sido procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o mesmo assunto, mas que estes teriam se desinteressado logo depois de confrontados com a versão apresentada por ele.

Nas redações de Brasília, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra, em abril deste ano, para que a candidatura do tucano não se iniciasse com um escândalo envolvendo o presidente do partido e um líder do principal partido aliado, o DEM. Temiam, os tucanos, uma sinistra repetição da circunstância que, em 2005, derrubou do mesmo cargo o senador Eduardo Azeredo, mentor do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, ao lado do publicitário Marcos Valério de Souza, mais tarde flagrado no mesmo serviço de alimentação de caixa 2 para o PT.

O esquema denunciado pela secretária Dominga é cheio de detalhes e, ainda hoje, surpreende a PF pelo grau de ousadia. As caixas eram colocadas em porta-malas de carros da quadrilha e, em seguida, repassadas pessoalmente por Badra a quem de direito. Nessa empreitada, revelou Dominga, ajudavam outros dois diretores da Qualix, Pedro Gonzales Campoamor, de Brasília, e Roberto Medeiros, de São Paulo. A secretária cita como origem dos recursos duas agências bancárias situadas no Setor Comercial Sul de Brasília, uma do Bradesco, outra do Banco de Brasília (BRB).

De acordo com a investigação da PF, o dinheiro distribuído aos personagens citados no CD, entre os quais brilham Guerra e Maia, apelidados por Dominga de “pessoal da Belacap”, chegou a mais de 300 mil reais. Parte dos pagamentos, segundo a gravação obtida no GDF, ia para personagens identificados como criadores de cavalos registrados na conversa, alguns, como a própria secretária, sem registro de sobrenome. Entre eles, Mário de Andrade, Ana Lúcia Fontes, Ana Lúcia Junqueira e Alberto. Também aparecem nomes sem especificação como Marci Bagarolli, Carlos Junqueira, Gilda, Ana Jatobá, Antonio Clareti Zandonait e Daniel.

A ação da Polícia Federal foi feita de surpresa na residência oficial de Águas Claras, onde Simão mantinha um gabinete pessoal. Ao chegar ao lugar, os agentes verificaram que todas as portas estavam abertas,- inclusive a de acesso ao prédio principal, com exceção daquela do gabinete de Simão. Por volta das 6h30, a PF acionou o serviço de um chaveiro para abrir a porta do auxiliar de Arruda, mas um funcionário anunciou que iria pegar as chaves. Em vão. Nenhuma delas abria a porta do chefe de gabinete. Foi preciso arrombar uma janela para que, então, os federais pudessem entrar no local, por volta das 7 horas.

Às 7h15, segundo relato da PF, a mulher do governador, Flávia Arruda, chegou ao local para tomar conhecimento do mandado de busca e apreensão, mas em seguida foi embora, após informar que não tinha interesse em acompanhar a ação policial. A primeira coisa encontrada pelos agentes foi uma bolsa preta, escondida atrás de uma mesa, com cédulas de reais e dólares. Às 8h50, chegou José Gerardo Grossi, advogado de Arruda, também para verificar os termos do mandado e acompanhar a busca.

A PF decidiu investigar a vida de Simão porque ele foi denunciado pelo ex-secretário distrital de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do chamado “mensalão do DEM”. Em um vídeo entregue ao Ministério Público Federal por Barbosa, ele mantém uma conversa com o representante de empresas de informática Agenor Damasceno Beserra. Os dois tratam de detalhes de uma licitação, estabelecem quem deve ganhar a disputa e como deve ser feito um aditivo de 4 milhões de reais. No diálogo, Beserra confirma ser Simão, chefe de gabinete de Arruda, o principal interessado na liberação do contrato e no aditivo.

De acordo com o relatório da PF, o exe-cutivo Badra mora em São Paulo. Em Brasília, costumava se hospedar em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. Mas, por causa da conversa gravada entre Dominga e o amigo, descobriu-se que ele chegou a alugar uma casa no Lago Sul de Brasília para promover “reuniões mais privadas”. Era lá que Dominga trabalhava. Badra também utilizava um apartamento do diretor da Qualix Pedro Campoamor, no bairro do Sudoeste. Em abril de 2009, relata a PF, a casa de Campoamor foi assaltada, os ladrões levaram 100 mil reais, mas nenhuma ocorrência foi feita na polícia.

CartaCapital teve acesso aos documentos produzidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na semana passada, quando os envolvidos acreditavam que o assunto estava enterrado pela burocracia. A Operação Caixa de Pandora, responsável pela prisão de Arruda e pela exposição do mais explícito espetáculo de corrupção da história do País, graças aos vídeos do delator Durval Barbosa, segue a todo vapor. Desde novembro de 2009, quando o CD de Dominga foi apreendido, um grupo de investigadores da Divisão de Inteligência da PF trabalha nos desdobramentos da operação. Os federais estão de olho, sobretudo, na guerra iniciada, há dez anos, em torno dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal.

A Qualix faz parte desse pacote de investigações. A empresa, terceirizada a partir do governo Roriz, deteve praticamente o monopólio da coleta de lixo do DF entre 2000 e 2006, embora “quarteirizasse” serviços a outras duas empresas, a Nely Transportes e a Construtora Artec, de propriedade de César Lacerda, ex-deputado -distrital do PSDB, ligado à ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia. Candidata derrotada ao Senado nas últimas eleições, Abadia assumiu o governo do DF em junho de 2006, quando Roriz renunciou para se candidatar à mesma Casa. Acabou eleito, mas foi obrigado a renunciar ao mandato para não ser cassado por corrupção.

A rápida passagem de Abadia pelo governo distrital serviu para iniciar a guerra pelo controle dos contratos de lixo na capital federal e nas cidades-satélites. Não é por menos. Na última década, os cofres públicos distritais despejaram mais de 2 bilhões de reais nesses contratos, quase todos suspeitos e cheios de vícios. Abadia, aliada a Roriz, conseguiu quebrar o monopólio da Qualix, defendida pela turma de Arruda e do ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho, deputado federal pelo PPS. Assim, dividiu o bolo do lixo com a Artec e mais duas outras empresas, ambas de Brasília, a Caenge Engenharia e a Valor Ambiental.

Essa partilha contou com a participação de dois representantes do Ministério Público Distrital, os promotores Leonardo Bandarra, então procurador-geral de Justiça, nomeado por José Roberto Arruda, e Deborah Guerner, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em depoimento ao Ministério Público Federal, Barbosa acusou a dupla de ter facilitado a vida das empresas de lixo, além de ter recebido 1,6 milhão de reais para vazar informações, em 2008, sobre ações de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada contra empresas de informática contratadas pelo governo. Em 7 de junho deste ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, por unanimidade, um processo administrativo disciplinar contra Bandarra e Deborah Guerner para investigar o envolvimento de ambos no esquema.

Uma semana depois da decisão do CNPM, a Polícia Federal foi à casa da promotora e descobriu, enterrado no quintal, um cofre com cerca de 300 mil reais. Os agentes saíram ainda com várias caixas com documentos da Caenge Engenharia e da Valor Ambiental, justamente as duas empresas colocadas no esquema por pressão da dupla Abadia-Roriz. Há duas semanas, a PF voltou ao jardim de Deborah Guerner e achou outro cofre enterrado, este recheado de mídias de informática e, para desespero de muita gente, mais CDs com gravações de áudio e vídeo.

À Corregedoria do Ministério Público, Barbosa afirmou ter participado de uma reunião na casa da procuradora, onde estiveram presentes Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octavio Pereira e Bandarra para, justamente, acertar os termos da divisão do contrato do lixo. Embora ainda estejam sob investigação, Bandarra e Deborah Guerner continuam no Ministério Público. A promotora entrou com um pedido de aposentadoria, ainda não deferido, por conta da sindicância aberta pelo órgão.

A partir de 2006, na transição do governo do PSDB de Abadia para o DEM de Arruda, os contratos do lixo passaram a ser renovados emergencialmente, sem licitação a cada seis meses. Somente em junho de 2010 o governo conseguiu finalizar uma nova concorrência. Além da Qualix, participaram os suspeitos de sempre: Construtora Artec, Valor Ambiental, Caenge Engenharia, Nely Transportes e, novata no esquema, a Delta Construções.

De acordo com informações do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos feito pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a vencedora do primeiro lote da licitação realizada neste ano foi a Delta Construções, com o preço de 368,9 milhões de reais. A Qualix ficou em segundo, com 383,1 milhões de reais. A empresa Valor Ambiental foi a ganhadora do segundo lote, com o preço de 210 milhões reais, sete milhões de reais a menos que a segunda colocada, novamente a Qualix, com 217,1 -milhões de reais. No terceiro lote, a vencedora foi a Construtora Artec, com 173 milhões de reais. Em segundo, ficou a Delta, com 174 milhões de reais. Por meio de liminares, a Qualix tem conseguido suspender as contratações do primeiro e terceiro lotes.

De acordo com a assessoria de imprensa da Qualix, a empresa mudou de dono, em junho passado, quando foi comprada pelo fundo privado Arion Capital. No fim de setembro, a empresa se colocou à disposição da Polícia Federal para abrir suas contas e a contabilidade para qualquer investigação. O assessor Paulo Figueiredo informa que a empresa realizou uma ampla auditoria nas contas da gestão passada da Qualix, iniciada em 1998, e não identificou nenhum pagamento ou saída de recursos feita de forma irregular. A decisão de colaborar com a PF veio, justamente, depois de parte da história sobre pagamentos de propinas revelados pela secretária Dominga vazar para a imprensa.
Até junho de 2010, a Qualix pertencia ao grupo argentino Macri, quando entrou em situação pré-falimentar por conta de muitas dívidas.

O Macri chegou a comprometer um terço do faturamento anual da empresa, calculado em 1 bilhão de reais, para pagamentos de faturas de curto prazo a diversos credores. A empresa tem sede em São Paulo e mais 11 filiais em várias capitais brasileiras, algumas com problemas graves. Em agosto, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), encerrou o contrato local com a Qualix pelo fato de a empresa não ter mais condição de colocar a frota de caminhões na rua. O ex-dono da Qualix, Franco Macri, está sob investigação da PF, acusado de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal.