quinta-feira, 29 de julho de 2010

O significado da candidatura de Marina Silva segundo o PCO


A candidatura de Marina Silva evidentemente faz parte de uma manobra da direita, ao criar artificialmente, com ajuda da imprensa aliada de Serra, DEM e PSDB uma candidatura de “esquerda” para envolver as massas no terreno eleitoral

Durante todo o mês de agosto de 2009, a imprensa se dedicou a preparar o terreno para que a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, saísse do PT e migrasse para o PV, partido pelo qual seria candidata à presidência da República em 2010.

A possível candidatura é evidentemente uma manobra da oposição de direita ao governo Lula, que apóia a candidatura de José Serra, do PSDB, a qual, assim como em 2006, com Heloísa Helena, fabricou uma candidata que pudesse apresentar como alternativa à classe trabalhadora, embora o programa de ambas seja burguês e de direita, desviar votos do PT e levar a eleição para o segundo turno.

Na tentativa de enfraquecer eleitoralmente a candidatura petista à presidência em 2010, a ala mais reacionária da burguesia quer impingir à classe operária uma candidatura “popular” e de “esquerda”. Nesse sentido, a operação, tal como a anterior com Heloísa Helena, tem um alcance maior do que a mera disputa eleitoral no interior da burguesia. Ela cria um fenômeno político para influenciar e condicionar o desenvolvimento político da classe operária e das massas populares. Para tal operação é necessário produzir uma enorme falsificação em cada aspecto da sua atividade política.

Marina Silva: nem de esquerda, nem ecológica

Marina Silva, a candidata “popular”, negra, ecológica, que surgiu da luta popular dos seringueiros do Acre. Essa é a imagem que a imprensa capitalista, toda ela de direita, ligada principalmente ao PSDB e ao DEM, que tem uma política totalmente contrária à população, aos negros e ao meio ambiente e, particularmente, à luta do homem do campo, a quem perseguem incansavelmente, querem criar para a ex-ministra, ajudada pelo fato de que esta renunciou ao cargo de ministra e pela história, ainda que totalmente imaginária, de luta contra o desmatamento da Amazônia ao lado do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. Mais convincente do que Heloísa Helena e mais capaz de acordos fisiológicos, Marina Silva teria o dobro de votos da primeira. Já fica clara a sua “amplitude” pelo fato de que se dispôs a ingressar no PV, legenda de aluguel da burguesia, tomada por vários políticos burgueses de direita, inclusive ligados às oligarquias estaduais.

A imagem criada para a senadora contraria frontalmente a realidade. Marina não apenas foi pivô da maior operação de privatização da Amazônia, como defende a repressão aos sem-terra e sequer tem uma política divergente à do governo Lula, muito menos à esquerda.

Foi ministra do governo burguês – de aliança com os mais diversos partidos e políticos de direita - de Lula por cinco anos, apenas renunciando ao cargo de ministra devido à incapacidade de continuar levando à frente o projeto imperialista, para o qual foi indicado o atual ministro Carlos Minc, um elemento político avulso, direitista, sem qualquer base social por menor que seja na população pobre, que apenas levaria adiante o processo de entrega da Amazônia a que deu início a própria Marina Silva. Contraditoriamente à imagem que procura criar, Minc é filiado ao PV, partido no qual ingressou a senadora.

Marina Silva se viu obrigada a deixar o cargo pouco antes de ser aprovada de vez no Senado uma Medida Provisória já imposta por Lula que aumentou de 500 para 1.500 hectares as terras que podem ser repassadas da União para latifundiários sem licitação na Amazônia. Antes disso, no entanto, já havia apoiado a privatização de Florestas públicas nacionais. A MP da grilagem é, na realidade, resultado desta política.

Além de privatizar florestas públicas na Amazônia, Marina Silva declarou que o Ibama e exército não são suficientes para proteger a Amazônia. O que significa que deve ser intensificada a repressão no campo, não contra os latifundiários e grandes capitalistas que estão promovendo um enorme desmatamento da Amazônia, mas sim dos trabalhadores sem-terra. É uma política de defesa dos lucros dos grandes capitalistas que lucram com a especulação das terras e os grandes agricultores, procurando eliminar os obstáculos colocados no caminho desses, como os sem-terra e os índios.

A política da ex-ministra ficou bastante clara com as várias operações repressivas e verdadeiramente criminosas realizadas em seu mandato em conjunto com os latifundiários, como a “Arco de Fogo” em Rondônia e a “Paz no Campo”, no Pará, em convênio com o governo de Ana Júlia Carepa, do PT, ambas usadas para perseguir e assassinar os sem-terra em favor dos latifundiários. Estas operações têm servido como cobertura para o assassinato de diversos dirigentes camponeses como ocorreu recentemente com o companheiro Luiz Lopes no Pará, militante da Liga dos Camponeses Pobres.

PV: um partido a serviço do PSDB e do DEM

Mesmo que pudesse ser considerado um rompimento honesto e de esquerda com o governo Lula, a saída de Marina Silva se dará pela direita e não pela esquerda, já que o PV é um conhecido partido “laranja” das oligarquias, dirigido por Sarney Filho, conhecido por manter acordos com o PSDB e o DEM ..

O PV participa de prefeituras com a direita, como ocorre em São Paulo, com Gilberto Kassab, onde apoiou este para a prefeitura da maior cidade do País em troca de cargos em subprefeituras paulistanas como a da Mooca. No Rio de Janeiro, foi também notória a aliança de Fernando Gabeira com a oposição de direita ao governo Lula.

Procurando evitar qualquer atrito político com o PT, que daria margem para uma discussão política de uma posição nada confortável para a senadora, Marina ressaltou que sua saída não se daria por discordâncias, concentrando os motivos pelos quais cogita sair do PT como de mais espaços para a defesa de um programa ligado ao Meio Ambiente, dizendo que “Em nenhum partido que tem espaço de poder esta questão é colocada como estratégica" (O Globo, 5/8/2009).

Mesmo nesse terreno, ou melhor, particularmente neste terreno, o PV não deixa de ser uma farsa. Um dos principais episódios que ilustra a farsa da defesa ecológica realizada por este partido foi o apoio dado para eleger e reeleger o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, maior plantador de soja do país e conhecido por ser também um dos maiores desmatadores, o que certamente não contribui em nada para a imagem “verde” do partido e de Marina Silva. Na realidade, o partido usa a fachada verde para realizar negócios diversos com a burguesia justamente em oposição a qualquer verdadeiro programa de defesa do meio ambiente.

A defesa da ética e da moralidade: demagogia com a classe média conservadora

Segundo a imagem fabricada pela imprensa capitalista, a senadora Marina Silva seria , assim como sua equivalente política Heloísa Helena, uma defensora da moral no Congresso Nacional, mesmo quando esta se calou completamente não apenas diante da questão do “mensalão” em 2005, mas de todas as alianças com elementos notoriamente corruptos da burguesia feita pelo PT como partido há muito tempo, por vários governos petistas em âmbito estadual ou municipal, e pelo governo Lula em particular.

Isso, no entanto, não é tudo. Marina Silva faz parte do PT do Acre, pelo qual se elegeu senadora, dominado pelos irmãos Tião e Jorge Viana. Este último, homem das empreiteiras, mineradoras e latifundiários do Estado, elegeu-se governador do Estado duas vezes e passou a dominar a política local, substituindo a velha oligarquia ligada ao antigo PFL. Ao chegar ao governo, porém, juntou-se com as oligarquias e em 1998 elegeu-se novamente em uma coligação com o PSDB, quando este partido elegeu FHC para um segundo mandato na presidência. Esta ala, da qual faz parte a senadora é notoriamente a mais próxima dos partidos da direita. Quando Tião Viana cogitou ser candidato à presidência do Senado recebeu de imediato caloroso apoio tanto do PSDB quanto do DEM, que recuaram alegando o escândalo de compra de votos no Acre com a distribuição de mais de R$ 3 milhões em cadeiras de roda e outros equipamentos para deficientes, embargado pela Polícia Federal por ordem do TSE.

A imprensa capitalista, que faz gigantesca campanha para a recém-descoberta “dissidente” do PT, se esquece da longa aliança da ética e democrática oligaquia dos irmãos Viana no Acre, das mais direitistas, antioperárias e fisiológicas alas do PT. O mais importante, no entanto, para julgar o caráter de “candidata popular” de Marina Silva é o fato de que esta oligarquia domina completamente a política acreana desde 1995, ou seja, 14 anos e é instrumento político da manutenção da brutal exploração de um punhado de oligarcas, latifundiários, empreiteiras e mineradoras, da população do Estado, uma das mais pobres do país.

A nova tese defendida pela burguesia é a que mostra Marina Silva como dissidente política por princípios e não por conveniência pessoal, particularmente em torno ao caso Sarney, uma verdadeira ficção.

Artigo do PCO quando da candidatura de Marina Silva

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo de domingo 23 de agosto Marina Silva, quando perguntada sobre a se era viável o apoio do PT a Sarney respondeu:

“Isso já se mostrou insustentável por tudo o que está acontecendo com o Congresso, com o governo, com o PT, e com o próprio presidente Sarney. No meu entendimento, o melhor para a crise era o seu afastamento temporário, inclusive como forma de preservar a figura histórica de Sarney”. Ou seja, a mesma defesa do jogo de cena de aliviar a crise com medidas puramente de aparência que defendem todos os partidos burgueses para aplacar a revolta da população.

Esta declaração lhe valeu destaque nos jornais com a manchete totalmente discordante da realidade que dizia “Apoio de petistas a Sarney é insustentável, diz Marina”.

Esta é uma demagogia sem fim, um cinismo típico da direita de toda a ala petista do Senado que se declarou demagogicamente pela renúncia de Sarney, quando esta ala não apenas se apóia completamente no PMDB como foi a inauguradora no PT de toda a aliança com a direita historicamente, defendendo já na década de 70 e 80 as alianças com o MDB, cria da ditadura militar e depois o seguimento das alianças nacionais com a burguesia com a Formação da Frente Brasil Popular em 89. Desde então, não apenas no Senado e na Câmara assim como em todas as alianças eleitorais, o PT se apoiou no PMDB, partido fisiológico e das oligarquias locais para se eleger, sendo o seu auge nas últimas eleições.

Marina Silva, e a imprensa burguesa, controlada pela direita, falsificam a história para criar para a candidata uma fachada de esquerda com o objetivo imediato de desviar as votações da candidatura de Dilma Roussef e outro, mais estratégico e importante, do ponto de vista da classe operária, de impulsionar mais um instrumento de contenção da evolução política das massas.

A falsificação neste caso possui um caráter altamente cínico, já que o PV é controlado pela família Sarney e é apoiado diretamente na direita. A imprensa e a senadora anunciam cinicamente que vão “limpar” o partido, quando estão fazendo acordos com os elementos mais direitistas, que dominam o partido para viabilizar a operação feita pelos grandes capitalistas.

A Heloísa Helena de fachada verde

O país todo está assistindo a repetição de um filme assistido quatro anos atrás. A candidatura de Marina Silva com sua saída do PT tornou-se um fenômeno em poucos dias. Sua candidatura lançada em meio à crise política do Senado, rapidamente passou a ter mais destaque que a própria crise em muitos jornais e revistas de análise política na última semana. Duas das maiores revistas do país dedicaram a capa inteira ao novo – porque criado por elas – fenômeno eleitoral, a revista Istoé e a revista Época. Esta última é de propriedade da Rede Globo e a primeira brilhou, não muito tempo atrás pela provocação direitista e policialesca contra os sem-terra de Rondônia, acusados de guerrilheiros e traficantes de droga. Uma “reportagem” muito conveniente para os grandes latifundiários da região que querem tomar as terras dos camponeses para os seus negócios. A revista lança-se aos maiores elogios à “mulher do povo” e “defensora do meio ambiente”.

O fenômeno Marina Silva se assemelha inteiramente com a manobra realizada nas últimas eleições presidenciais por meio do Psol e da figura de Heloísa Helena erguida pela imprensa burguesa.

Assim como Marina Silva, a candidatura de Heloísa Helena foi fabricada pela direita que controla os meios televisivos e as maiores revistas semanais e jornais.

Para a ex-senadora petista Heloísa Helena, desde 2005 foi dado total destaque em sua participação na CPI dos Correios, onde esta procurou aparecer como a personalidade mais ética da comissão em intervenções teatrais, transmitidas ao vivo em rede aberta de televisão. Na realidade, a CPI, como todos os escândalos de corrupção – que são, evidentemente, verdadeiros – são um instrumento de manipulação da opinião do eleitorado pela direita. A presença ou a fachada de uma esquerdista na manobra era extremamente conveniente para a direita. Daí que, em momento algum, os esquerdistas éticos como Heloísa Helena trataram de generalizar as denúncias para atingir o conjunto do regime ou dos partidos que lhe dá sustentação, mas buscou trabalhar para um dos lados contra o outro.

Em pouco tempo esta tomou os jornais e revistas. Pouco antes das eleições de 2006, Heloísa Helena recebeu da revista Isto É o prêmio de personalidade do ano.

Marina Silva na edição desta semana da revista Isto É é tema de capa e recebeu nada menos que dez páginas da revista. Uma operação evidentemente orquestrada para criar um fato político para as eleições de 2010.

Marina Silva surge assim como Heloísa Helena em meio à campanha ética da direita, que procura ganhar espaço com a crise do governo Lula.

Neste caso se trata de uma campanha de muito maior vôo que em 2006 com Heloísa Helena, campanha esta proporcional à crise da direita no Congresso Nacional e a tentativa desta de se salvar de uma crise terminal, bem como à crise de todo o regime político.

Outra semelhança entre as duas candidatas é o completo esvaziamento de qualquer programa político de interesse da classe trabalhadora, sendo a candidata do Psol uma defensora da ética acima de qualquer programa e de um emaranhado de reivindicações abstratas e patronais. O mesmo ocorre com Marina Silva só que com uma fachada ecológica.

A falta de conteúdo de classe dos programas e de base social é um fator importante para que ambas sejam não uma alternativa a Lula à esquerda, o que seria um fator de desestabilização do regime político e partidário da burguesia, mas uma alternativa de direita, comprovada pelo caráter reacionário destas com relação a reivindicações como o aborto e a religião.

Marina Silva, evangélica da Assembléia de Deus é defensora do ensino religioso e contrária a estudos de célula-tronco e ao aborto, programa idêntico a de Heloísa Helena. Chegou a defender em declaração pública, num simpósio, a fábula bíblica de que os homens foram criados por Deus seja lecionada ao lado do evolucionismo de Charles Darwin. Consegue, neste sentido, ser mais reacionária e obscurantista do que a sua precessora na preferência da imprensa da grande burguesia.

Ao lado de outros membros do PT e agora do PV (veja projeto de deputado do PV contra as mulheres) levou à frente a tentativa de aumentar a perseguição contra as mulheres. Marina Silva tentou barrar a Lei de Biossegurança, que tratava de pesquisas com células-tronco e transgênicos.

Assim ambas não aparecem nem mesmo como candidatas ligadas às reivindicações das mulheres, também um ponto fundamental para servirem de candidatas manipuláveis para a direita.

A operação mostra que a esquerda nacional, sem programa e sem princípios de qualquer natureza, é um celeiro para todo o tipo de manobra oportunista da direita contra os trabalhadores e a população em geral.

O que está em jogo?

Ambas as candidaturas cumprem o mesmo objetivo imediato para os partidos burgueses direitistas, do qual o PV é apenas um derivado do PMDB e do PSDB sendo dominado por ala da família Sarney, o de retirar votos da candidata de Lula e de levar a disputa para um segundo turno. É um instrumento na luta interna da burguesia.

Este objetivo imediato muito semelhante entre Heloísa Helena e Marina Silva já é apontado pelos próprios jornais burgueses que propagandeiam a candidatura de Marina Silva.

“Tucanos e petistas, avaliam que, caso a ex-ministra do Meio Ambiente aceite o convite do PV, a corrida de 2010 passar a ter mais chances de ser resolvida no segundo turno (...)

Líderes do PT e do PSDB consideram que a senadora deve se beneficiar da imagem de ‘vítima’ que teria junto à opinião pública, alcançando cerca de 5% dos votos. Roubaria, segundo o mesmo raciocínio, ainda votos de um eleitor mais ideologizado, que demonstra certo cansaço da polarização PT-PSDB. Marina também receberia votos de eleitores órfãos da ex-senadora Heloisa Helena (Psol), que concorreu ao Planalto em 2006 e que pode não disputar a Presidência em 2010 justamente pela presença da ex-ministra de Lula. Manteria, assim, uma candidatura satélite e independente, como a da ex-senadora, que alcançou 6,8% dos votos em 2006” (Agência Estado, 18/8/2009).

Uma evidência de que a candidatura de Marina Silva substituiria a de Heloísa Helena é o fato de que a candidata do Psol anunciou sua concorrência para o senado e não para a presidência.

É preciso denunciar como um grande golpe da burguesia contra os trabalhadores a propaganda feita para levantar uma candidatura supostamente de esquerda para uma candidatura direitista. O acontecimento permite, também, uma caracterização clara da política de Heloísa Helena e do Psol, bem como da Frente de Esquerda, apresentada por muitos como uma “alternativa de classe”. Fica claro que tudo consistia em uma manobra eleitoral no marco da luta interna da burguesia para impulsionar a ascensão de elementos pequeno-burgueses que ocupam um papel secundário na política burguesa parlamentar.

Marina Silva, assim como Heloísa Helena não representa qualquer rompimento com a burguesia, mas são ambas oportunistas que tiram proveito de uma manobra momentânea e sob medida da direita da burguesia explorando o atraso de uma parcela confusa e conservadora da população e da classe trabalhadora com esta expectativa de rompimento, mas que a atrelam automaticamente a uma parcela da burguesia.

Desmascarar a operação da direita

As apelações para colocar Marina Silva como mulher, negra ao lado do povo devem ser totalmente desmascaradas. É uma candidata a serviço e apoiada pela direita, contra as mulheres e o povo, usada para manipular o processo eleitoral.
A candidatura que se esboça de Marina Silva para a presidência não é uma candidatura da classe trabalhadora das cidades ou do campo, mas sim para os interesses eleitorais da burguesia de direita e da própria esquerda que se alia diretamente a esta burguesia fazendo as vezes de oposição ao governo Lula.

A tentativa da burguesia de mostrar Marina Silva como alternativa à esquerda e em defesa dos trabalhadores deve ser denunciada como uma das maiores farsas da história eleitoral do País, proporcional à crise da direita que busca desesperadamente a fabricação de um candidato para tentar conter uma guinada à esquerda eleitoral da população que expresse a rejeição à própria direita existente entre a população.

Esta é mais uma tentativa da burguesia, em particular da direita, de criar uma liderança política artificial para servir de “esquerda” e de “socialista” para as massas no terreno eleitoral. É dever de todas as correntes e grupos que se reivindicam da luta do movimento operário e dos trabalhadores da terra denunciar mais esta manobra para atrair os trabalhadores para uma arapuca política.

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