sexta-feira, 30 de julho de 2010

Palhaços da Globo reclamam de juro menor



Diante do aumento menor do que o esperado da taxa Selic – esperava-se 0,75% e o aumento foi de 0,5% – na última reunião do Copom, na noite de quarta-feira o comentarista de economia do Jornal da Globo, Carlos Alberto Sardemberg, e o âncora Willian Waack acusaram o Banco Central de ter aumentado menos a taxa por “motivação política”.

Trocando em miúdos a tese da dupla, o BC teria aumentado em menos 0,25 p.p. a Selic para ajudar a campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

A teoria é tão cretina que custei a acreditar que tivesse sido proferida, pois se houvesse motivação política no BC a Selic não teria voltado a subir nos últimos meses, em pleno ano eleitoral.

O fato de a Selic ter aumentado menos do que os dois palhaços da Globo esperavam não irá gerar absolutamente nenhum efeito eleitoral, pois o aperto monetário continua se acentuando e ninguém conseguirá perceber qualquer diferença entre aumento de 0,5 p.p. ou de 0,75 p.p.

A continuidade do aperto será sentida de qualquer forma na economia, pois aumento dos juros está havendo. Além do que, o efeito do que se fizer agora com os juros só será sentido daqui a meses, com toda certeza depois da eleição.

A teoria é tão burra que ignora que Dilma cresceu nas pesquisas durante o auge do aperto monetário desencadeado pela inflação de demanda que começou a surgir neste ano, com a economia crescendo a taxas consideradas “chinesas”.

É claro que o que interferiu na decisão do BC sobre o aumento da taxa básica de juros da economia foi a queda acentuada da inflação e a perceptível redução da atividade econômica, redução que continuará em curso durante a campanha eleitoral.

Nem se o governo Lula quisesse usar o BC politicamente, conseguiria fazê-lo agora. Repito: teria que ter segurado a restrição monetária lá atrás, no começo do ano, para que a economia chegasse a outubro bombando, mesmo que às custas de um grave problema inflacionário no ano que vem.

Eis a prova de que não há nada que este governo faça que deixará de ser criticado pela Globo, porque o objetivo é apenas o de criticar. É uma aposta na incapacidade do público de refletir que se o governo aumenta os juros é criticado e se baixa, também é criticado.

A Globo continua apostando na burrice do povo. Já do lado do governo Lula e da campanha de Dilma, a aposta é inversa. Este é o busilis desta eleição: será o brasileiro tão burro a ponto de negar continuidade a um governo que melhorou tanto a sua vida com base em meros “trololós” ideológicos e econômicos?

Por Eduardo Guimarães

Um comentário:

  1. Não é necessário esperar a eleição. Veja o índice de popularidade do Lula e o índice de aprovação do Governo Federal. A Globo só consegue
    convencer os 5% que são contra por puro preconceito social ou burrice.

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