quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dilma: "não se pode tratar o bolsa família de forma eleitoreira"


A proposta de PT e dos partidos aliados coloca os programas sociais como questão central para o Brasil seguir avançando nos próximos anos. Para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, essa é a diferença clara da coligação "Para o Brasil seguir mudando" em relação aos adversários.

Segundo ela, os opositores do presidente Lula tratam a questão social apenas como um apêndice e usam os programas já existentes, como o Bolsa Família, para fazer promessas meramente eleitoreiras.

"O objetivo do Bolsa Família não é um objetivo eleitoral. Ele tem objetivo claro de aumentar a cobertura para famílias brasileiras que precisam do Bolsa Família, e nós o ampliamos de forma sistemática responsável e não fazendo propaganda eleitoral”, disse Dilma, ao ser questionada sobre a promessa eleitoral do seu adversário tucano de duplicar o programa.

A petista também considerou a estranha a proposta da oposição, que durante muitos anos criticou, menosprezou o Bolsa Família e chegou a chamá-lo de “bolsa esmola”.

Dilma lembrou que o governo Lula vem aumentando sistematicamente o valor e a cobertura do Bolsa Família, sempre olhando o interesse da população marginalizada do país. "O Bolsa Família tem de atingir as famílias que necessitarem dele. E não se trata de duplicar, triplicar ou aumentar em 50%", afirmou.

Hoje, ela se reuniu com líderes sociais da União dos Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco (UNAS), na cidade de São Paulo, e conheceu a iniciativa social do Instituto Baccarelli.

No governo Lula, lembrou Dilma, o Bolsa Família foi criado durante um período em que a economia do país não estava crescendo em ritmo acelerado como hoje. Segundo ela, isso demonstra o compromisso com o social desse projeto.

“Não é possível olhar a questão social apenas como um apêndice, um anexo do programa do governo. Para nós, a questão social está no centro do governo, não é um colorido, uma carta que se escreve comprometendo", disse. "É o próprio programa de governo, é a alma dele. Vocês me desculpem a paixão, mas fica parecendo que somos todos iguais, não somos. Temos visão de mundo e visão de projeto diferente [da oposição].”

Maior favela de São Paulo

Heliópolis é a maior favela de São Paulo e está recebendo vários investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma conheceu as iniciativas locais para evitar que os jovens e as crianças fiquem vulneráveis à criminalidade. Durante breve discurso na quadra de esportes local, ela lembrou o compromisso dela e do atual governo de melhorar a vida de todos os brasileiros

“O compromisso é acabar com essa realidade que se governava para uma minoria e não se governava para todos os brasileiros. E aí é precisa ter humildade de reconhecer que um governo sozinho não acaba com os problemas de anos", disse. "Precisa das comunidades. E quanto mais organizadas as sociedades, mais chances de mudar. O povo brasileiro tem que melhorar de vida, tem que subir na vida. Esse é o grande desafio do nosso país. É isso que pode fazer de nós uma nação desenvolvida, uma comunidade desenvolvida.”

Em seguida, Dilma foi conhecer o Instituto Baccarelli, onde cerca de 550 jovens e crianças aprendem a cantar, tocar instrumentos e já formaram corais e orquestras. A candidata do PT ouviu o coral, uma apresentação musical com violinos e a orquestra juvenil. Ela ficou surpresa com o conhecimento dos mais novos sobre música.

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